Surgido nos Estados Unidos, o step é outra modalidade, em que profissionais da área estudaram e criaram movimentos básicos que deveriam ser seguidos por todos os professores do exercício. "Perdeu-se o controle da modalidade porque outros profissionais inventaram movimentos", diz Laíra.
Para ela, as coreografias do step ficaram extremamente complexas, e muito, alunos não estavam em condições de acompanhá-las. As principais queixas relatadas variaram entre dores no tornozelo, joelho, ombro e articulações de forma geral. A que menos causa lesões é a ginástica localizada. "Quase não tivemos referência de lesão nessa modalidade. A aula é menos agressiva. O professor olha e controla mais do que faz", diz Laíra.
O acúmulo de exercícios, isto é, a prática de várias aulas seguidas, aumenta a predisposição para as lesões. Para a autora, não existe preocupação ou controle quanto à aptidão do aluno para o exercício. "Os alunos fazem qualquer modalidade, mesmo não tendo capacidade", diz Laíra. Para a autora, as aulas se tornam inadequadas quando as turmas são muito heterogêneas. "A aula não é ideal tanto para o iniciante quanto para quem já pratica", explica a pesquisadora.
Profissionais.
Outro aspecto importante observado no estudo foi o fato de que apenas duas academias, das nove de São Paulo, não tinham profissionais dando aulas. "As academias pagam mal. Quem se especializa não dá aulas porque fica inviável", diz Laíra. Ela ainda observa que o médico que faz a avaliação do aluno muitas vezes também não é especializado. "Quem faz atividades em academias deve saber se ela tem um setor de avaliação física e médica", recomenda a médica.
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