terça-feira, 24 de julho de 2007

Pitadas Certeiras


Reduzir o consumo de sal protege o coração, afasta a obesidade, garante, enfim, uma vida mais longa. Sem falar que o estômago e até mesmo os pulmões quem diria ficam bem longe de encrencas

Por Regina Célia Pereira

Talvez o cloreto de sódio — seu nome de batismo — nem merecesse a má fama que carrega. Além de ser um excelente conservante de alimentos, o sal realça o sabor das preparações como poucos ingredientes. Pitadas além da conta, estas sim, deveriam ser vistas como vilãs.


O exagero é que está por trás de problemas que vão desde o já bem estabelecido aumento da pressão arterial até a recém-descoberta relação com a asma. Daí a diretriz da Organização Mundial da Saúde, a OMS, que bota o sal entre as substâncias que precisam ser reduzidas na alimentação. “Ele aparece junto do açúcar, da gordura saturada e da trans”, conta à nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição, em São Paulo.

A má notícia é que, infelizmente, nós, brasileiros, gostamos muito de exceder no tempero. Enquanto a recomendação da OMS é limitar o consumo entre 5 e 6 gramas por dia, por aqui alcançamos, fácil, fácil, 12 gramas, ou seja, o dobro. Entre nós a situação mais paradoxal é a dos hipertensos. Eles deveriam consumir ainda menos e estar mais atentos, mas erram a mão feio.

Continua

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