quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Os especialistas são unânimes: menos de 1% dos homens e mulheres com corpos inflados estão programados biologicamente para ter músculos que, de tão grandes e definidos, parecem querer rasgar a pele. A maioria das pessoas pode se esfalfar na academia, comer proteínas até não mais poder e se entupir de suplementos alimentares, sem que jamais alcance o físico de um mister Universo.

O limite de cada um é determinado geneticamente. "Mas os esteróides permitem romper esse teto biológico de musculatura e atingir um nível muito além do que a mãe natureza jamais pretendeu", escreveu o psiquiatra americano Harrison Pope, no livro O Complexo de Adônis.

A explosão dos anabolizantes reflete de maneira mais dramática o crescente desagrado dos homens com o próprio corpo. Seria a versão masculina das "bolinhas" para emagrecer que afetam a saúde de milhões de mulheres. Uma pesquisa feita em
1972 detectou que 15% dos homens americanos estavam insatisfeitos com a sua aparência. Em 1997, eram 43%.

O grande terror masculino – ao menos no que se refere à estética – é mesmo a falta de músculos. E o padrão é cada vez mais anabolizado. Os bonecos para meninos são um exemplo disso. O primeiro Falcon, lançado em
1964 nos Estados Unidos, não tinha músculos. Na versão de 1974,
a primeira a chegar ao Brasil, ele já era fortinho.

Continua

Nenhum comentário: