sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Os limites do corpo

Fernanda, a reincidente: ginástica mais freqüente é entrar e sair da academia.

Malhadores compulsivos como Elias e Fabiana são cada vez mais comuns e nada, nem os constantes avisos de que distensões e inflamações musculares virão com certeza, os abala.

"O mundo moderno vive sob a ditadura da beleza e os feios não são bem aceitos. Ser bonito é uma vitória, e o culto ao corpo é um caminho na direção desses valores", analisa o psicólogo Antonio Carlos Simões, coordenador do Laboratório de Psicossociologia do Esporte da Universidade de São Paulo.

E corpo cultivado é o que não falta, sobretudo em novelas e reality shows, onde desfilam homens e mulheres com músculos estarrecedores, do tipo completamente fora do padrão da normalidade. Influenciáveis e, para seu profundo desgosto, muitas vezes divididos pela própria natureza entre magrelos e rechonchudos, os adolescentes são os primeiros a correr para a academia.

Em nome de um pesinho a mais no aparelho, cultuam receitas milagrosas, como os suplementos alimentares – carboidratos, proteínas, aminoácidos e ativadores metabólicos de pouquíssimo efeito real. O resultado pode ser tentador, mas embute altos riscos.

Continua

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